Hipnose é a utilização de um conjunto de técnicas que visa produzir alterações nos padrões de pensamentos e percepção da realidade. A pessoa em transe hipnótico vivencia um estado de atenção concentrada, chamado de Estado Alterado de Consciência, ela não está dormindo e sim em concentração profunda e com a memória ampliada e focada com mais precisão. Esse estado potencializa as respostas à sugestão, o que permite que a imaginação seja guiada e construa uma realidade alternativa, semelhante a um sonho que é vivido como se fosse real. Durante a hipnose as funções automáticas podem ser controladas por meio da sugestão verbal do hipnólogo.
O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pela voz calma, monótona, rítmica e persistente do hipnotizador, e muitas vezes aliada a recursos óticos (pêndulos, luzes etc) que visam cansar os órgãos da visão do cliente. Quando o transe se instala, a sugestibilidade do cliente é aumentada. A hipnose leva então a várias alterações da percepção sensorial, das funções intelectuais superiores, exacerbação da memória (hiperamnésia), da atenção e das funções motoras. Estabelece-se um estado de alteração de estado da consciência, um tipo de estado que simula o sono, mas não o é (lembramos que a pessoa não “dorme” na hipnose): o eletroencefalograma (EEG) do cliente sob hipnose é de vigília, e não de sono.
Estados da Hipnose:
Uma sessão de hipnose consiste basicamente de 3 etapas:
1) Estado Pré-hipnótico: É a preparação ao transe, são dadas sugestões antes da introdução ao transe, de forma que o sugerido ocorra uma vez que se esteja no sono terapêutico. Consiste em um relaxamento profundo e controlado pelo hipnoterapeuta, baixando a freqüência cardíaca e os níveis das ondas cerebrais. Pessoas altamente sugestionáveis podem entrar automaticamente nesse estado.
2) Estado Hipnótico: Consiste em desarmar ou simplesmente desviar o censor crítico da mente. É a porta de entrada da mente para trabalhar as induções, sugestionamentos e condicionamentos, empregando técnicas como Regressão de idade, Progressão de idade, entre outras. De forma geral, a hipnose clínica não necessita que o paciente esteja no estado sonambólico, nem cataléptico. Cada hipnólogo possui sua própria técnica, desenvolvida e aprimorada por ele próprio ou estudada em cursos.
3) Estado Dehipnose: É a preparação e o retorno do censor crítico da mente ao seu estado normal, o restabelecimento das funções respiratória e cardíaca, retirando o paciente do sono terapêutico.
A eficácia e a evolução do tratamento depende de um conjunto de fatores, que inclui a capacitação do terapeuta, a entrega e receptividade do paciente.