PSICOTERAPIA BREVE
A Psicoterapia Breve é um tratamento psicológico cuja duração é limitada, busca obter uma melhora da qualidade de vida em curto prazo, escolhendo uma queixa principal e focando os esforços na sua resolução.
A psicoterapia breve baseia-se no “tripé”: foco, atividade, planejamento. A especificidade da psicoterapia breve é atingir os objetivos terapêuticos em um prazo bem mais curto de tempo.
Entende-se por foco, a área a ser trabalhada no processo, o material consciente e inconsciente do paciente. É necessária maior atividade por parte do terapeuta, e planejamento por parte deste, que inclui a descrição da intenção dos objetivos terapêuticos dentro de um limite de tempo.
Para a obtenção de tais objetivos, o terapeuta estabelece com o paciente a aliança terapêutica, para que este colabore com o tratamento. O terapeuta tem um papel bastante ativo durante as sessões, atuando de maneira direta e participativa em todo o processo terapêutico.
Para que essa técnica apresente resultados eficazes é importante que o paciente apresente um alto grau de motivação para a terapia, para entender a si próprio e para mudar. Também são fatores que favorecem o sucesso dessa técnica: a presença de um problema específico; a capacidade de expressar sentimentos e interagir flexivelmente com o terapeuta; disposição em participar ativamente da avaliação do seu problema; capacidade de reconhecer que seus sintomas são de origem psicológica; curiosidade a respeito de si próprio; abertura a novas idéias realistas em relação aos resultados do tratamento.
A Psicoterapia Breve, através de uma abordagem psicoterapêutica mais dinâmica e flexível, possibilita que os objetivos terapêuticos sejam atingidos em prazo mais curto, através de um mecanismo denominado “Efeito Carambola”, em que as mudanças em uma determinada área podem conduzir a alterações em outras áreas do comportamento do paciente.
É importante ressaltar que a seleção de pacientes para este tipo de atendimento é feita a partir de uma avaliação da estrutura de personalidade do paciente. A indicação deve considerar, além desta avaliação, o sintoma, síndrome ou quadro clínico e se o paciente apresenta motivação e disposição para mudar.
A eficácia e a evolução do tratamento depende de um conjunto de fatores, que inclui a capacitação do terapeuta, a entrega e receptividade do paciente.