PSICOTERAPIA FAMILIAR
Psicoterapia familiar é uma forma de psicoterapia que trabalha com os membros de uma família reunidos em conjunto, onde são tratados os problemas emocionais comuns e as dificuldades de relacionamento. Muitas das vezes, é mais eficaz trabalhar não apenas com uma pessoa, mas com o conjunto das relações em que esta se inscreve bem como os sistemas com que se relaciona.
A proposta é que toda a família seja avaliada e se engaje na mudança de comportamentos de seus membros ou de um dos seus membros. Muito recomendada quando há casos de dependência química ou quando um dos membros da família está passando por um problema grave. Este problema pode afetar toda a família, sendo necessário que toda ela frequente a psicoterapia, pois muitas vezes os outros membros também precisam de assistência.
Dessa forma, o terapeuta familiar dá atenção tanto para o indivíduo quanto para o sistema familiar. As sessões podem ser semanais com todos os membros, ou com partes destes por meio de um revezamento. Tem por objetivo melhorar a comunicação entre os membros familiares, desenvolver a autonomia e a individualização, descentralizar e tornar mais flexíveis os padrões de liderança e decisões.
A terapia familiar é indicada quando ocorrem conflitos nos quais um dos membros familiares é tratado como “bode expiatório”, dificuldades com o encaminhamento das questões típicas de adolescentes, quando há a ocorrência de uma doença física crônica na qual necessita da ajuda de todos os familiares na recuperação do membro que está doente (ex: câncer, Alzheimer, esquizofrenia), nas crises evolutivas típicas da família (saída de ambos os pais para trabalhar com filhos pequenos, saída dos filhos de casa – síndrome do ninho vazio, aposentadoria), em situações de separação, divórcio e novo casamento.
O terapeuta familiar tem uma função importante de mediador de conflitos. Não é o solucionador. A própria família deve buscar suas melhorias, pois eles se conhecem mais do que o próprio terapeuta. O terapeuta familiar faz avaliações e estimula as mudanças. Ele não procura remodelar todo o comportamento dos clientes, mas sim aprimorar a comunicação da família, incentivar os membros a se tornar mais solidários, levá-los a partilhar responsabilidade e reduzir o conflito dentro do lar.
A eficácia e a evolução do tratamento depende de um conjunto de fatores, que inclui a capacitação do terapeuta, a entrega e receptividade do paciente.